sábado, 18 de dezembro de 2010

Estado de Sítio

Palavras faladas
Escritas na memória
Caos...
Sentimentos corrompidos
Bruta navalha ceifa fundo
À fio...
Veias, artérias, carne
Segmentos falhos de memórias distorcidas
Vem à tona dia após dia
ano após ano...
Remexendo, remoendo e remodelando
Momentos, circunstâncias
Abrangendo estados e sítios...
Estado de sítio mental

Blues

Blues é alma
É karma mal pago e mal vivído
É fogo
É paixão
São as lágrimas de sangue de almas penadas que transitam
Sofrendo, querendo, ardendo e gemendo

Blues são as pequenas alegrias dentro da profunda tristeza de saber o quão o amor é efêmero
E como a paixão dilacera e destroça os nossos sentimentos mais profundos

Every day I have the blues!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

RAZÃO DE SER

O riff, o refrão e a idéia principal da letra desta música, nasceram ali pelo final dos anos 80, quando a cultura em Brasília fervilhava. A cena musical era rica, diversificada e empolgante. Era possível ver e ouvir na mesma semana artistas como Cássia Eller, Zélia Cristina (pré-Duncan), Renato Matos, Beirão, Eduardo Rangel, Célia Porto, Ruby - só para citar alguns poucos - em espaços e palcos os mais variados como o do lendário "Bom Demais", bar que ficava na 705 Norte. As tribos e influências se misturavam, todos os estilos eram válidos, o único critério era que tinha que ter conteúdo ou como dizia o grande trompetista Márcio Montarroyos, "sustância".

Na época, estava focado em me consolidar como intérprete de rock, blues, jazz e mpb. Buscava uma linguagem que unisse estes elementos e aprendia muito trabalhando com figuras como Renato e Ricardo Vasconcellos, Rênio Quintas e Toninho Maia, todos monstros aos meus olhos.
Eu compunha, mas era raro incluir música minha nas apresentações que fazia.

A única vez que apresentei Razão de Ser ao público, foi num show memorável que fiz na Sala Funarte em 89 onde apresentei um repertório 90% autoral. Nem lembrava da existência dela até que recentemente sob a pressão de compor e reunir músicas para o repertório de uma nova empreitada autoral, esbarrei com ela nos porões do meu HD neurológico. Dei uma enxugada na letra e acrescentei uma terceira parte que não havia e ela não só acabou entrando no repertório, mas será a primeira a ser mixada e apresentada ao público através da internet.

Aguardem, em breve num canal ou site social perto de você!!!

sábado, 28 de novembro de 2009

Pensando Nela

O corpo
A cama

A vela
A chama

Me chama
Que eu vou

Vou lá
Pra te ver

Te ter
Conhecer

Recordar
Acordar

De novo
Amanhã

O corpo
Na cama

Sonhando Com As Máquinas

Sonhando com as máquinas que evoluem ao passo de ratos sedentos de espaço, olhando as vitrines que poluem as vistas, ganância e poder blasfemam na cara do outro.

Quem quer que seja, que não diga basta, que não diga chega.

Ora, sê besta sô...quem sou eu pra lhe dizer...mas digo, digo porque vi os homens fabricando as máquinas, aquelas sedentas de sentimentos, a fábrica do humano.

Véu das misteriosas noites em que alçamos insanos vôos para alem do mundo material, para alem do que chamamos de real.

Não diga nada, não diga nada...apenas sinta a leveza do ser...no balanço das águas, no murmúrio do ar.

Acredite no bem, viva para o amor, para que as máquinas aprendam, que os homens podem sonhar.

AF

Resolvi ter um blog.

Olá amigos,
resolvi criar este blog com o intuito de praticar a nobre arte de escrever. Pretendo, de forma bem despretenciosa, publicar aqui alguns poemas, resenhas, idéias e até ensaiar alguns contos sobre experiências interessantes que vivi e que não foram poucas.
Portanto, bem vindos todos e espero que apreciem, ou não..hehehe.